Sua mãe (Antônia) fazia sapatos e seu pai (Benedito) foi ascensorista por quase 30 anos. Também trabalhou como faxineiro e como representante comercial. Oficialmente, era o representante da Adega Casteluche. Com apenas cinco meses ele [Carlos] foi diagnosticado com Poliomelite (doença causada por um vírus que causa paralisia e pode chegar a matar). "Os médicos disseram pra minha mãe que se eu sobrevisse, viveria para o resto da minha vida como um vegetal. Ela disse que mesmo assim queria que eu vivesse. Hoje eu não vegeto e não ando, mas faço praticamente tudo o que os outros fazem. E falo bastante!", comenta.
"Aqui as ruas não eram asfaltadas". Mesmo com essa dificuldade de adaptação, ele começou a se relacionar com algumas pessoas e formou grandes amizades. "Tinhamos um grupo de pessoas do bem. Não entrava drogas e nem bebidas. O máximo que acontecia era beber uma com limão para ficar doidão. Mas isso era um lema e nem sempre usávamos. Quem chamava a gente de babaca hoje está embaixo da terra, preso ou perdido na vida", explica. Quando completou 18 anos decidiu cursar arquitetura por correspondência, através do Instituto Universal Brasileiro. Foi nesse período em que começou a ter contato com política e a se interessar mais pela esquerda e suas idéias socialistas. O pensamento foi se transformando e desistiu de arquitetura para se interessar por teatro. Fez dois anos do curso com o dramaturgo Augusto Boal. Por mais um ano estudou no Clube Escola Curuçá até que assumir o posto de diretor, ficando no cargo por 12 anos .
Mais informações sobre a PIDPEI pode ser obtida no site http://www.pidpei.org.br/ ou pelos telefones (11) 2862-2101 e 6738-3642.
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